Os legisladores argelinos apresentaram um projeto de lei criminalizando a normalização com Israel, incluindo cláusulas que proíbem viagens ou qualquer contato direto ou indireto com Tel Aviv, informou a Agência Anadolu.
Youssef Ajesa, legislador do Movimento da Sociedade para a Paz, disse à Agência Anadolu que “apresentou em nome do grupo de deputados de seu partido (65 de 462) o projeto de lei ao Parlamento”.
O Movimento da Sociedade para a Paz é um partido islâmico que forma o maior bloco de oposição no parlamento argelino. A liderança do partido tem confirmado constantemente seu apoio à política externa do país.
Ajesa disse que o bloco parlamentar tentou incluir outros grupos para contribuir com o projeto, mas não obteve resposta, então tomou a iniciativa de apresentá-lo em seu nome.
O projeto de lei inclui sete artigos que visam “criminalizar a normalização com a entidade sionista (Israel)”, além de proibir quaisquer contatos com Israel ou viagens de e para Israel.
Uma maioria simples (50+1) da primeira câmara do Parlamento é necessária para aprovar o projeto de lei a ser encaminhado à segunda câmara para aprovação final.
A Argélia não mantém relações diplomáticas ou comerciais com Israel, posição que goza de amplo apoio político e popular.
As autoridades afirmam, em todos os níveis, que se recusam a estabelecer relações com Israel antes de encerrar sua ocupação de décadas e estabelecer um Estado Palestino independente, com Jerusalém como sua capital.
Isso ocorre uma semana depois que o Conselho de Representantes do Iraque aprovou, em primeira leitura, um projeto de lei que proíbe a normalização dos laços com Israel. Se aprovada, fará do Iraque o primeiro estado árabe a criminalizar formalmente a normalização com o Estado de ocupação.