A Primeira-Ministra da Finlândia Sanna Marin reafirmou ontem (18) que seu país e a Suécia desejam filiar-se à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) “assim que possível”.
Após encontro com seu homólogo italiano Mario Draghi, em Roma, Marin destacou à imprensa: “Algumas questões ainda demandam solução … mas queremos assegurar que todo membro da OTAN ratifique nossa candidatura o mais rápido possível”.
Marin insistiu que uma filiação breve seria “a melhor garantia de segurança para Finlândia e Suécia, neste momento da história”.
Draghi confirmou o apoio de seu país, membro da coalizão armada, à entrada de ambos os estados nórdicos na OTAN, durante o que descreveu como “período transicional”.
“Queremos acelerar os procedimentos internos para efetivar sua filiação o mais rápido possível”, corroborou o premiê italiano.
LEIA: Turquia impõe condições à entrada de Suécia e Finlândia na OTAN
Finlândia e Suécia registraram seu pedido formal para entrar na OTAN nesta quarta-feira, apesar de objeções da Turquia — estado-membro com poder de veto. A decisão rompe o histórico de neutralidade dos países e decorre da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro.
A Turquia surpreendeu aliados de coalizão na semana passada, ao insistir na negativa sobre o pedido, sob pretexto de que Suécia e Finlândia abrigam células do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), grupo considerado terrorista por Ancara.
Diante das notícias, comentou o presidente turco Recep Tayyip Erdogan: “Nenhum desses países tem uma atitude clara e aberta sobre organizações terroristas. Como confiar neles?”
Além disso, a Turquia reivindicou o fim da proibição de compra de alguns armamentos para deferir a entrada dos estados nórdicos na coalizão.
“Esperamos somente que os países da OTAN compreendam e respeitem nossa sensibilidade”, acrescentou Erdogan a parlamentares nesta quarta-feira. “Apoiar o terrorismo e nos solicitar apoio é incoerente. Nenhum dos nossos aliados jamais respeitaram nossas apreensões e não estamos falando aqui de apoio”.
Erdogan insistiu na extradição de “terroristas” radicados na Suécia, ao alegar que o estado europeu não respondeu quase 30 pedidos registrados pela Turquia.
Na segunda-feira (16), o presidente turco declarou ainda que ambos os países “não devem se incomodar” em enviar delegações a Ancara para convencê-lo do contrário.