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Assassinato de jornalista palestina é ‘um desastre que abalou o mundo’, diz porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, faz uma declaração durante uma coletiva de imprensa semanal no Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em Moscou, Rússia, em 27 de novembro de 2020. [Ministério das Relações Exteriores da Rússia/Agência Anadolu]

O assassinato da jornalista palestina da Al Jazeera Shireen Abu Akleh é “um desastre que abalou o mundo”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, acrescentando que apenas algumas pessoas ouviram a notícia de sua morte “sem serem profundamente afetadas”.

“A jornalista palestina foi morta enquanto exercia seu dever jornalístico, enquanto relatava sobre a invasão do campo de refugiados de Jenin pelas forças israelenses”, disse Zakharova, acrescentando que o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, ofereceu suas condolências ao ministro palestino de Assuntos Civis e membro do o Comitê Central do Fatah, Hussein Al-Sheikh, ao recebê-lo em Moscou.

Zakharova acrescentou que Lavrov enfatizou o apoio da Rússia à demanda da liderança palestina por uma investigação abrangente e objetiva sobre o assassinato de Abu Akleh.

Comentando o ataque das forças de ocupação israelenses ao cortejo fúnebre do jornalista, a porta-voz da Rússia disse: “Quero dizer a você que nunca vi nada assim na minha vida. E quero enfatizar que a ausência de um acordo palestino-israelense e a obstrução do processo de negociações se transformam em confrontos mais intensos cada vez que civis inocentes, incluindo mulheres e crianças, são vítimas”.

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“A ocorrência dessas tragédias poderia ter sido evitada alcançando resultados mutuamente aceitáveis em questões de status final com base em resoluções internacionais e leis internacionais reconhecidas para um acordo no Oriente Médio, que prevê o estabelecimento de um Estado palestino independente, e isso foi repetidamente confirmado pela Rússia”, acrescentou.

As relações entre a Rússia e Israel azedaram nos últimos meses após a invasão da Ucrânia por Moscou. Em abril, a Rússia convocou o embaixador de Israel em Moscou, Alexander Ben Zvi, para repreendê-lo depois que Israel apoiou a suspensão de Moscou do Conselho de Direitos Humanos da ONU por sua invasão da Ucrânia.

Dias depois, o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, anunciou que Israel fornecerá à Ucrânia capacetes e coletes à prova de balas.

Desde então, Moscou condenou “a ocupação ilegal de Israel e a anexação rastejante de territórios palestinos”.

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