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OTAN promete avaliar receios da Turquia sobre expansão do bloco

Jens Stoltenber, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em Bruxelas, Bélgica, 6 de abril de 2022 [Dursun Aydemir/Agência Anadolu]

Jens Stoltenber, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), afirmou a repórteres em Copenhagen, capital da Dinamarca, que é “importante” abordar as apreensões da Turquia sobre a entrada de Suécia e Finlândia na aliança militar.

“Quando um aliado crucial como a Turquia expressa preocupações de segurança, então a única maneira de lidar com a matéria é sentarmos juntos e encontrarmos um meio termo”, destacou Stoltenberg, após reunir-se com o premiê dinamarquês Mette Frederiksen.

Na ocasião, Stoltenberg reiterou que os interesses de todos os estados-membros exigem ponderação e insistiu que a coalizão está avaliando os “receios enunciados pela Turquia”.

“Não é incomum na OTAN termos opiniões divergentes sobre decisões majoritárias”, destacou, ao sugerir um encontro para “debater soluções”. Neste entremeio, Stoltenberg observou que a aliança mantém contato com os três países envolvidos.

“Caso Suécia e Finlândia juntem-se à OTAN, cerca de 96% da população da União Europeia será parte da coalizão”, argumentou Stoltenberg. “Ambas os blocos colaboram de perto em diversas questões, incluindo Ucrânia, oeste dos Balcãs e segurança cibernética”.

Nesta quinta-feira (19), o Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan voltou a acusar os países requerentes de abrigar e financiar “terroristas”, em referência ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e grupos curdos da oposição síria.

LEIA: Países nórdicos querem juntar-se a OTAN ‘assim que possível’, afirma Finlândia

Diante de tais alegações — e de um pedido para retomar a venda de alguns armamentos a Ancara —, Erdogan prometeu vetar a entrada dos estados nórdicos na OTAN, a despeito de preocupações oriundas da invasão russa na Ucrânia.

Helsinque e Estocolmo dependem da aprovação unânime dos 30 estados-membros para entrar formalmente na coalizão.

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