Centenas de simpatizantes do Partido de Libertação Islâmica na Tunísia participaram de uma vigília na capital, no domingo (22), para rejeitar o “atual conflito político” no país, informou a Agência Anadolu.
O membro do partido Habib Karbaka disse aos manifestantes: “O que estamos vivendo hoje não é uma luta política entre os partidos, mas sim uma competição entre políticos para servir ao colonialismo”. Ele acrescentou que longas décadas de interferência estrangeira e o surgimento de uma classe política que governa e comanda sob ordens do inimigo colonial levou o país ao seu estado atual.
“Todos os políticos hoje dependem dos planos ocidentais para eles”, acrescentou Karbaka. “Não queremos estabelecer um Estado islâmico, mas sim um Estado para toda a nação islâmica.”
A Tunísia vive uma grave crise política desde julho passado, quando o presidente, Kais Saied, congelou (e depois dissolveu) o parlamento, fechou o Conselho Supremo da Magistratura e começou a emitir legislação por decreto presidencial.
As forças da oposição consideram as medidas “excepcionais” de Saied como um “golpe contra a constituição”, enquanto seus partidários as descrevem como uma “correção da revolução de 2011”, que derrubou o então presidente Zine El Abidine Ben Ali.