O parlamentar árabe Sami Abu Shehadeh foi removido de um debate realizado no Comitê de Educação, Cultura e Esportes do Knesset de Israel enquanto defendia a liberdade de expressão nos campi, informou a mídia local.
Após a comemoração do Dia da Nakba pelos estudantes árabes israelenses, estudantes judeus gritaram “morte aos árabes” junto com muitos insultos “odiosos” na Universidade de Tel Aviv, disse Abu Shehadeh.
“Extremistas sionistas circularam pela Universidade de Tel Aviv, inclusive em dormitórios onde alguns cidadãos árabes palestinos estavam, gritando ‘morte aos árabes’ entre outras incitações odiosas”, disse ele.
“Nem a polícia de Israel nem a universidade fizeram nada para proteger os estudantes ameaçados”, acrescentou, apontando que isso é “apartheid”.
“Isso aconteceu algumas horas depois que o ministro da Educação israelense, Ahasha Biton, se juntou a extremistas de direita no ataque às comemorações da Nakba realizadas na Universidade de Tel Aviv, construída sobre a vila palestina etnicamente limpa de Sheikh Muwannis.”
Comparando os eventos com os do funeral da jornalista assassinada da Al Jazeera Shireen Abu Akleh, ele disse: “Assim como durante o funeral de Shireen Abu Akleh, o governo e a polícia israelenses mostram sua abordagem racista contra qualquer tipo de identidade nacional palestina”.
“Apelamos a todas as entidades com relações com a Universidade de Tel Aviv para responsabilizá-los por não proteger os estudantes árabes palestinos. Consideramos eles e a polícia israelense totalmente responsáveis pelos ataques contra nosso povo.”