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Síria envia peritos a Moscou para auxiliar bombardeios de Putin

Presidente da Rússia Vladimir Putin em Moscou, 3 de março de 2022 [Gabinete de Imprensa do Kremlin/Agência Anadolu]

O Presidente da Rússia Vladimir Putin recrutou especialistas sírios em bombas de barril para auxiliá-lo em sua campanha militar na Ucrânia, reportou o jornal britânico The Guardian.

Putin ataca a Síria cegamente – Cartum [Sarwar Ahmed/Monitor do Oriente Médio]

Segundo as informações, agentes de inteligência da Europa reportaram que mais de 50 peritos permaneceram na Rússia por semanas, trabalhando ao lado de oficiais militares para organizar uma campanha semelhante à adotada na Síria.

As bombas de barril são um armamento mortal composto por barris de petróleo, tanques de combustível ou cilindros de gás, carregado de explosivos e fragmentos de metal. Os projéteis são então disparados por helicópteros e aeronaves; sobretudo, em áreas civis.

Conforme dados compilados pela Rede Síria de Direitos Humanos (RSDH), o regime de Bashar al-Assad disparou 81.916 bombas de barris desde o início da guerra civil, resultando na morte de 11.087 civis, incluindo 1.821 crianças e 1.780 mulheres.

Forças de Assad também dispararam gás cloro como arma química contra comunidades civis, em flagrante violação da Convenção sobre Armas Químicas e da Resolução 2118 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Damasco é signatário de ambos os tratados.

Conforme a reportagem, Putin preparou seu exército para disparar bombas de barril contra civis ucranianos. Desde o início da invasão, em 24 de fevereiro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos registrou 7.964 baixas civis, incluindo 3.778 mortos e 4.186 feridos.

LEIA: Londres insta ONU a estender mandato humanitário no noroeste da Síria

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