O Presidente da Rússia Vladimir Putin recrutou especialistas sírios em bombas de barril para auxiliá-lo em sua campanha militar na Ucrânia, reportou o jornal britânico The Guardian.
Segundo as informações, agentes de inteligência da Europa reportaram que mais de 50 peritos permaneceram na Rússia por semanas, trabalhando ao lado de oficiais militares para organizar uma campanha semelhante à adotada na Síria.
As bombas de barril são um armamento mortal composto por barris de petróleo, tanques de combustível ou cilindros de gás, carregado de explosivos e fragmentos de metal. Os projéteis são então disparados por helicópteros e aeronaves; sobretudo, em áreas civis.
Conforme dados compilados pela Rede Síria de Direitos Humanos (RSDH), o regime de Bashar al-Assad disparou 81.916 bombas de barris desde o início da guerra civil, resultando na morte de 11.087 civis, incluindo 1.821 crianças e 1.780 mulheres.
Forças de Assad também dispararam gás cloro como arma química contra comunidades civis, em flagrante violação da Convenção sobre Armas Químicas e da Resolução 2118 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Damasco é signatário de ambos os tratados.
Conforme a reportagem, Putin preparou seu exército para disparar bombas de barril contra civis ucranianos. Desde o início da invasão, em 24 de fevereiro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos registrou 7.964 baixas civis, incluindo 3.778 mortos e 4.186 feridos.
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