Autoridades da ocupação israelense voltaram a negar a realização de uma cirurgia urgente para a prisioneira palestina Israa al-Jaabis, vítima de queimaduras graves, a fim de ajudá-la a respirar pelo nariz. As informações são da rede de notícias Quds Press.
Yasser Khalaf, porta-voz do movimento palestino Ahrar, comentou à imprensa que a decisão israelense “reflete a extensão de seu caráter criminoso e hediondo e seu desprezo pela vida”.
Israa, cidadã palestina de 38 anos, nativa da aldeia de Jabal al-Mukaber, ao sul de Jerusalém ocupada, é casada e mãe de um filho.
Em 2016, Israel a condenou a 11 anos de prisão por “tentativa de homicídio”, ao acusá-la de explodir seu carro perto de um posto de controle militar da ocupação. O acidente, porém, a deixou com queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau em 50% do corpo.
Israa não consegue respirar pelo nariz devido às queimaduras no rosto. A prisioneira também precisa de cirurgia para espaçar seus dedos queimados, corrigir enxertos de pelo e separar as orelhas do crânio, confirmou sua irmã Mona.
Israa estava a caminho de sua casa em Jerusalém, em 10 de outubro de 2015, um dia antes de submeter seu projeto de pesquisa sobre educação especial. Seu carro pegou fogo devido a um problema técnico, a 500 metros do posto de controle de al-Zayyim. Os soldados a mantiveram sob a mira das armas, ao invés de ajudá-la a sair das chamas.
Conforme seu advogado, um cilindro de gás causou a explosão; Israa então deixou o carro gritando por socorro. No entanto, foi recebida pela mira dos rifles e gritos de um soldado: “Largue a faca!”. Israa permaneceu no asfalto por 15 minutos e então foi presa.
Israa nega veementemente as alegações israelenses. Apesar da condenação, as tropas da ocupação não apresentaram qualquer evidência do suposto crime.