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Argélia e Itália se dispõem a ajudar Tunísia a ‘retornar à democracia’

Presidente da Argélia Abdelmadjid Tebboune em Istambul, Turquia, 17 de maio de 2022 [Arda Küçükkaya/Agência Anadolu]

O presidente argelino Abdelmadjid Tebboune afirmou nesta quinta-feira (26), durante coletiva de imprensa junto de seu homólogo italiano Sergio Mattarella, na cidade de Roma, que ambos os países estão prontos para ajudar a Tunísia a “superar a crise vigente e regressar ao caminho da democracia”.

Os comentários de Tebboune foram feitos durante sua visita de três dias à Itália, que teve início na quarta-feira (25).

“Há uma confluência de nossas posições e, por vezes, uma enorme convergência nos pontos de vista da Itália e da Argélia sobre as questões regionais contemporâneas”, reafirmou Tebboune.

Tebboune insistiu ainda que Argélia e Itália “não buscam qualquer interesse na Líbia, mas estão preparados para auxiliar sua estabilidade … conduzir eleições legislativas, que deem autoridade ao povo, e construir fundações para um estado democrático”.

De sua parte, Matarella confirmou conversar longamente sobre a crise na Líbia com seu homólogo argelino e corroborou a versão de uma “convergência de opiniões”.

“Também conversamos sobre a necessidade de socorrer a economia tunisiana e instituir as bases para a democracia”, prosseguiu o presidente italiano. “Nossos países têm apenas um interesse: conceder apoio ao povo tunisiano”.

Desde 2011 — quando foi destituído o longevo ditador Muamar Kadafi, por revolução popular, com apoio externo —, a Líbia vive uma crise política e de segurança devido a disputas internas de poder. Na mesma ocasião, no contexto da Primavera Árabe, a Tunísia obteve aparente êxito em seu processo revolucionário, ao depor Zine el-Abidine Ben Ali.

Entretanto, em 25 de julho de 2021, o então presidente tunisiano Kais Saied assumiu poderes quase absolutos, ao exonerar o premiê Hichem Mechichi, suspender o parlamento, revogar a imunidade de ministros e passar a governar por decreto.

LEIA: Parlamentares da Argélia buscam criminalizar normalização com Israel

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