Conversas entre oficiais turcos e delegações da Suécia e Finlândia, nesta semana, na Turquia, pouco progrediram, em meio a persistentes objeções do governo de Recep Tayyip Erdogan à entrada dos países nórdicos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Não está claro quando novas negociações ocorrerão, indicaram duas fontes à agência Reuters.
“É um processo árduo”, afirmou um oficial turco de alto escalão nesta sexta-feira (27). “Eles precisam demonstrar medidas concretas e intricadas. As negociações continuarão, mas não parece haver uma data próxima”.
Na última semana, Helsinque e Estocolmo registraram seu pedido formal para filiar-se à coalizão armada, motivados pela invasão russa na Ucrânia.
Todos os 30 membros da OTAN devem aprovar qualquer expansão.
Neste contexto, a Turquia opôs-se a medida, ao acusar ambos os países de asilarem “grupos terroristas”, em referência ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Erdogan e seus ministros reivindicaram também a retomada integral da venda de armas a seu regime.
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O chanceler turco Mevlut Cavusoglu expressou expectativas de que Finlândia e Suécia ajam concretamente para suspender seu suposto apoio ao movimento nacional curdo, antes que Ancara possa efetivamente recuar em suas objeções.
Outra fonte corroborou a falta de avanços e a ausência de um cronograma, ao mencionar a possibilidade de que obstrução turca prevaleça durante a cúpula da OTAN, entre 29 e 30 de junho, na cidade de Madrid, capital da Espanha.
Suécia e Finlândia não comentaram os relatos até então.
Apesar do impasse, o debate de cinco horas, dividido em duas sessões, foi marcado por cordialidade, reafirmou a segunda fonte.
Um terceiro indivíduo, no entanto, relatou à Reuters que os oficiais turcos minimizaram os prospectos de chegar a um acordo antes de Madrid.