Após anos de ausência na arena internacional, a Argélia conduz esforços para restaurar sua presença diplomática, confirmou neste domingo (5) o jornal eletrônico Rai Al-Youm.
Segundo as informações, no entanto, Israel receia que a renovada influência argelina possa prejudicar a ocupação, dado os recursos do estado africano.
A partir de 2012, o então ditador Abdul Aziz Bouteflika abreviou seu comparecimento em eventos internacionais, em meio a sua persistente recusa em abdicar do poder. Em 2018, Bouteflika foi por fim destituído por manifestações populares e Abdelmajid Tebboune foi designado como seu sucessor.
Recentemente, não obstante, países europeus passaram a contactar a Argélia para adquirir gás natural, com objetivo de compensar o arrefecimento nas importações russas, devido a sanções oriundas da invasão ordenada pelo Kremlin à vizinha Ucrânia.
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Neste entremeio, Argel trabalha para redesenhar as fronteiras africanas, enquanto Israel tenta penetrá-las. A Argélia compra boa parte de seus aparatos armados de Moscou e Pequim e não depende de lobbies sionistas radicados no Ocidente.
Segundo as informações, a Tunísia tentou abordar Israel recentemente para angariar apoio ao presidente Kais Saied, sob veemente crise política, mas o governo argelino frustrou os esforços devido à influência exercida sobre o estado vizinho.
A Argélia comandou ainda diligências contra o advento sionista na União Africana, após Israel obter status de observador no bloco — medida repudiada por diversos estados-membros. As movimentações argelinas preocupam, portanto, a ocupação israelense.