O Marrocos ordenou a criação de uma agência nacional para regularizar o cultivo de cannabis para uso medicinal.
A decisão sucede um encontro do conselho da Agência Nacional para Regulação de Atividades Canábicas (ANRAC), comandado pelo Ministro do Interior Abdelouafi Laftit, na quinta-feira (2), no qual os participantes deferiram a estrutura organizacional e o orçamento deste ano para a nova entidade.
Segundo a Africa News, a nova agência será encarregada de controlar todas as fases da cadeia produtiva, desde a importação de sementes e certificação das plantas à produção e divulgação de peças publicitárias para produtos à base de marijuana.
A agência também deve estabelecer as primeiras cooperativas de processamento e fabricação de produtos canábicos, compostas exclusivamente de produtores locais.
Em março, o regime marroquino legalizou o cultivo de cannabis para fins médicos e industriais nas províncias de al-Hoceima, Chefchaouen e Taounate, situadas na região montanhosa de Rif.
Outras províncias podem ser incorporadas posteriormente ao plano de produção “dependendo do interesse de investidores nacionais e internacionais nas atividades vinculadas à produção de cannabis”, confirmou o Ministério do Interior.
Em julho de 2021, o Marrocos aprovou uma legislação para permitir a produção e exportação de maconha; entretanto, restrições legais ainda reduzem a competitividade da indústria local.
Apesar dos esforços de policiamento, o estado norte-africano ainda é um dos maiores produtores do mundo de maconha ilegal.
Conforme a imprensa estatal, a indústria semiprogressista de cannabis da monarquia islâmica oferece recursos tributários e centenas de empregos. Porém, há ainda restrições às empresas para exportação, sobretudo a países de alta demanda, como Alemanha e Israel.