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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel e EUA discutiram remover refugiados palestinos do Líbano, reporta Haaretz

Refugiados palestinos protestam em apoio a Gaza, no campo de Sidon, Líbano, 30 de maio de 2021 [Ali Hankir/Agência Anadolu]

Transcrições de um encontro na Casa Branca, durante a ofensiva israelense contra o Líbano em 1982, comprovaram que o então premiê israelense Menachem Begin pressionou pela expulsão dos refugiados palestinos radicados no Líbano para serem relocados na Líbia ou Arábia Saudita, reportou nesta segunda-feira (6) o jornal Haaretz.

Segundo o jornalista Ofer Aderet, duas semanas após a deflagração da guerra, Begin voou para Washington e encontrou-se com o então presidente americano Ronald Reagan. Dentre a pauta, estava obter uma “solução final” para os refugiados palestinos no Líbano.

Conforme a transcrição, Reagan considerou primeiramente integrar os refugiados à sociedade libanesa e concedê-los cidadania.

No entanto, contestou o então embaixador israelense nas Nações Unidas, Yehuda Blum: “No Líbano, há também o problema do equilíbrio religioso, que pode ser prejudicado ao outorgar status permanente aos refugiados [na maioria, muçulmanos]. Vejo a razão pela qual o Líbano relutaria em acolhê-los permanentemente”.

Begin então sugeriu transferí-los para longe: “A Líbia alega ser amiga da OLP [Organização para a Libertação da Palestina]. É um país grande, então por que não aceitar mais pessoas? O Iraque é um país grande com vastos recursos — água e petróleo. Por que não vão lá?”

“O Iraque está vazio, a Síria está vazia”, acrescentou o embaixador sionista. “O reassentamento é a maneira humana e normal de resolver o problema dos refugiados”.

Conforme o Haaretz, a conversa ocorreu em 21 de junho de 1982 na Casa Branca. A transcrição em inglês foi recentemente digitalizada e adicionada aos Arquivos do Estado de Israel, em meio a centenas de páginas que registram o diálogo entre Estados Unidos e Israel durante a Primeira Guerra do Líbano.

LEIA: O fracasso da solução de dois Estados leva Israel a apresentar novas opções

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