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Repressão a protestos antigolpe no Sudão faz sua 100ª vítima

Protesto pela dissolução do governo militar e pela instauração de um governo civil em Cartum, capital do Sudão, 8 de março de 2022 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

Um manifestante foi baleado e morto pela polícia sudanesa, na cidade de Omdurman, nesta segunda-feira (6), reportou o Comitê Central de Médicos do Sudão. Trata-se do 100° ativista morto nos protestos contra o golpe militar desde outubro de 2021.

As informações são da agência de notícias Reuters.

O manifestante — a segunda vítima desde a suspensão do “estado de emergência”, em 29 de maio — foi provavelmente morto por um tiro de espingarda, destacaram paramédicos locais.

Protestos por democracia continuam desde outubro, organizados por comitês de resistência. A maioria das vítimas são jovens rapazes. O exército prometeu investigar as mortes; todavia, sem qualquer medida concreta até então.

Manifestações se deflagraram ontem na cidade de Omdurman, em resposta a uma visita do comandante máximo das Forças Armadas, Abdel Fattah al-Burhan.

O Sudão permanece sem primeiro-ministro desde janeiro. Nesta semana, foram anunciadas conversas diretas entre as forças políticas para esboçar a um novo acordo, sob mediação da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Africana.

Não obstante, as Forças por Liberdade e Mudança — coligação civil que integrou o governo deposto — confirmou em nota seu boicote às negociações, devido à participação de grupos favoráveis ao golpe de estado. Os comitês de resistência repudiam qualquer diálogo com as Forças Armadas.

A suspensão do “estado de emergência” — instaurado por al-Burhan na ocasião do golpe — é considerada por alguns como uma medida para construir confiança. Porém, um manifestante foi baleado e morto na sexta-feira (3), menos de uma semana depois.

LEIA: Entidades internacionais pedem fim da crise política no Sudão

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