A Anistia Internacional apelou a Israel para libertar Salah Hammouri, advogado franco-palestino e membro da ong Addameer, cuja detenção administrativa — isto é, sem julgamento ou sequer acusação — foi renovada por três meses.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“As autoridades israelenses devem libertar Hammouri imediatamente”, reiterou Heba Morayef, diretora da Anistia para Oriente Médio e Norte da África.
Hammouri permanece sob custódia da ocupação desde 7 de março.
“Desde março, Israel mantém Salah Hammouri arbitrariamente na prisão, sem julgamento ou acusação, em uma tentativa clara de silenciar seu trabalho por direitos humanos”, denunciou Morayef. “É absurdo que tenha de passar outros três meses na prisão”.
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“Ao invés de regressar para a casa hoje mesmo, Hammouri terá de enfrentar outros três meses de encarceramento”, reafirmou. “Sua prisão pode ser estendida novamente e usada contra ele para forçar sua deportação de Jerusalém”.
Segundo o grupo de direitos humanos radicado em Nova York, Israel busca revogar a residência permanente de Hammouri em Jerusalém ocupada desde setembro, sob pretexto de “quebra de aliança” com o estado sionista, ao ameaçá-lo de deportação.
Morayef reivindicou ainda que Israel liberte todos os presos sob detenção administrativa — “a menos que os indicie sob acusações reconhecidas pela lei internacional ou que sejam julgados sob procedimentos que respeitem padrões internacionais”.