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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Mark Ruffalo, ator de Hollywood, denuncia discriminação do PayPal contra palestinos

Mark Ruffalo durante Feira de Quadrinhos e Entretenimento em Chicago, Illinois, em 1° de março de 2020 [Daniel Boczarski/Getty Images]

Mark Ruffalo, proeminente ator de Hollywood, denunciou a empresa PayPal pela discriminação contra os palestinos na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza sitiada, que não têm acesso aos serviços da plataforma de pagamentos digitais.

Ruffalo — três vezes indicado ao Oscar, conhecido pelo papel do super-herói Hulk — é um crítico eloquente do regime de apartheid israelense instituído na Palestina histórica.

Ruffalo escreveu no Twitter: “Amigos: o PayPal opera nos assentamentos ilegais israelenses; mas recusa-se a fornecer serviços aos palestinos da Cisjordânia e Faixa de Gaza, em violação direta das diretrizes da Organização das Nações Unidas [ONU]”. Em seguida, anexou um link para uma petição destinada o PayPal para que estenda seus serviços aos palestinos.

Publicada pela ong internacional SumOfUs, que busca contrapor poderes corporativos, reitera a petição: “Ativistas fizeram toda a diferença em persuadir a Ben & Jerry’s a ser a primeira grande empresa global a retirar-se dos territórios palestinos ilegalmente ocupados em anos … Diversas fontes reportaram que a mobilização de dezenas de milhares de ativistas teve enorme impacto nesta decisão”.

A petição observa que quase metade da população de Gaza está desempregada e que muitos residentes buscam alternativas de subsistência na internet. O texto pede a consumidores que “pressionem o PayPal a não discriminar os palestinos e oferecer seus serviços a todos”.

Após a postagem, Ruffalo foi elogiado por não se omitir perante os abusos israelenses e a discriminação institucionalizada que viola flagrantemente a lei internacional.

Em 2021, Ruffalo juntou-se a apelos por sanções a Israel após uma corte sionista ordenar a expulsão em massa de famílias palestinas do bairro de Sheikh Jarrah, na cidade ocupada de Jerusalém Oriental.

“Sanções sobre a África do Sul ajudaram a libertar seu povo negro — é hora de sanções contra Israel para libertar os palestinos. Juntem-se a nós”, reafirmou o ator de 54 anos, na ocasião.

Os palestinos podem utilizar outros meios para receber pagamentos do exterior, como Apple Pay e SWIFT. Todavia, a ausência do PayPal — líder global em e-commerce — representa um obstáculo cotidiano, advertiu a ong 7amleh, que luta pelos direitos digitais do povo palestino.

“Sem o reconhecimento e a versatilidade de uma marca internacional como o PayPal, os palestinos carecem do devido acesso a mercados financeiros para melhorar sua situação econômica”, declarou a organização em relatório sobre a matéria.

“Permanece incerta a razão pela qual o PayPal reluta em oferecer seus serviços a correntistas da Cisjordânia e Faixa de Gaza, dado que seria uma forma óbvia da empresa conferir apoio ao desenvolvimento econômico e a maior igualdade na região”, concluiu a organização.

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