Mark Ruffalo, proeminente ator de Hollywood, denunciou a empresa PayPal pela discriminação contra os palestinos na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza sitiada, que não têm acesso aos serviços da plataforma de pagamentos digitais.
Ruffalo — três vezes indicado ao Oscar, conhecido pelo papel do super-herói Hulk — é um crítico eloquente do regime de apartheid israelense instituído na Palestina histórica.
Ruffalo escreveu no Twitter: “Amigos: o PayPal opera nos assentamentos ilegais israelenses; mas recusa-se a fornecer serviços aos palestinos da Cisjordânia e Faixa de Gaza, em violação direta das diretrizes da Organização das Nações Unidas [ONU]”. Em seguida, anexou um link para uma petição destinada o PayPal para que estenda seus serviços aos palestinos.
Friends: Paypal operates in Israel’s illegal settlements—but is refusing to provide service to Palestinians in Gaza and West Bank, in direct violation of UN guidelines.
Join the international call to Paypal to end its baseless discrimination now.https://t.co/TdWjNWuEMl
— Mark Ruffalo (@MarkRuffalo) June 6, 2022
Publicada pela ong internacional SumOfUs, que busca contrapor poderes corporativos, reitera a petição: “Ativistas fizeram toda a diferença em persuadir a Ben & Jerry’s a ser a primeira grande empresa global a retirar-se dos territórios palestinos ilegalmente ocupados em anos … Diversas fontes reportaram que a mobilização de dezenas de milhares de ativistas teve enorme impacto nesta decisão”.
A petição observa que quase metade da população de Gaza está desempregada e que muitos residentes buscam alternativas de subsistência na internet. O texto pede a consumidores que “pressionem o PayPal a não discriminar os palestinos e oferecer seus serviços a todos”.
Após a postagem, Ruffalo foi elogiado por não se omitir perante os abusos israelenses e a discriminação institucionalizada que viola flagrantemente a lei internacional.
Em 2021, Ruffalo juntou-se a apelos por sanções a Israel após uma corte sionista ordenar a expulsão em massa de famílias palestinas do bairro de Sheikh Jarrah, na cidade ocupada de Jerusalém Oriental.
“Sanções sobre a África do Sul ajudaram a libertar seu povo negro — é hora de sanções contra Israel para libertar os palestinos. Juntem-se a nós”, reafirmou o ator de 54 anos, na ocasião.
The only man who dont afraid from the GOV and politics 🤝👏
Palestine forever 🇵🇸 ❤️— mohammed_aez (@med708005) June 7, 2022
This step means a lot to us. Palestinians should be on equal footing with the rest of the world.
It's the Israeli occupation whom PayPal should boycott for its apartheid practices and human rights violations. @paypal are acting contrary to international law.— #FreePalestine #BDS #Yemen #Kashmir #Assange (@ChristineJameis) June 8, 2022
Thank you for your goodness Ruffalo and for your continuous support for Palestine and Palestinians.
God bless you always.
We join our stands with boycotting PayPal until recognise and operate in Palestinian territories 🇵🇸— Mahmoud Al-hinti (Moody) (@Mahmoudalhinti) June 8, 2022
I believe your supportive tweet means a lot to Palestinians, and we all wish their voices would reach those responsible, and I mean PayPal company itself: @PayPal @PayPalNews @AskPayPal #FreePalestine 🇵🇸🇵🇸🇵🇸
— Jenny Warrior #SaveSheikhJarrah (@fay_909) June 8, 2022
Os palestinos podem utilizar outros meios para receber pagamentos do exterior, como Apple Pay e SWIFT. Todavia, a ausência do PayPal — líder global em e-commerce — representa um obstáculo cotidiano, advertiu a ong 7amleh, que luta pelos direitos digitais do povo palestino.
“Sem o reconhecimento e a versatilidade de uma marca internacional como o PayPal, os palestinos carecem do devido acesso a mercados financeiros para melhorar sua situação econômica”, declarou a organização em relatório sobre a matéria.
“Permanece incerta a razão pela qual o PayPal reluta em oferecer seus serviços a correntistas da Cisjordânia e Faixa de Gaza, dado que seria uma forma óbvia da empresa conferir apoio ao desenvolvimento econômico e a maior igualdade na região”, concluiu a organização.