O ministro das Relações Exteriores libanês Abdullah Bou Habib anunciou na sexta-feira (10) que a Grécia chamou o encarregado de negócios libanês para Atenas, para explicar que o navio de extração de gás no Mediterrâneo não é de propriedade do governo grego.
O correspondente do site Al-Mayadeen em Beirute afirmou que o ministério libanês foi informado da presença de “marinheiros gregos a bordo de um navio que Tel Aviv trouxe para o campo Karish.”
E que o Ministério de Relações Exteriores grego afirmou que “o navio é de propriedade de uma empresa privada, e o governo não tinha nada a ver com isso, apesar da presença de marinheiros gregos.”
O campo Karish está localizado na fronteira nº 29, que os negociadores libaneses consideram libaneses. Assim, as escavações realizadas por recomendação de Israel são ilegais, conforme relatado por Al-Mayadeen.
Na quinta-feira, o secretário-geral do Hezbollah do Líbano, Hassan Nasrallah, enfatizou que Israel deveria parar de extrair gás de Karish, observando que “o Líbano está enfrentando uma nova etapa” e que uma plataforma privada para retirar gás de Karish é um ataque ao Líbano.”
Nasrallah advertiu que “as empresas proprietárias do navio de perfuração em Karish devem retirá-lo rapidamente e devem assumir a responsabilidade pelos danos materiais e humanos que ocorrerão”.
O chefe da delegação de negociação técnico-militar libanesa, brigadeiro-general Bassam Yassin, havia explicado anteriormente que “o ataque israelense à soberania libanesa não está na presença do navio no campo Karish, mas sim no fato deste navio estar retirando e exportando gás deste campo.”
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