Caso Suécia e Finlândia não assumam medidas para expulsar o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) de seus respectivos países, é improvável que haja progresso nas negociações sobre sua filiação na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), iterou Ibrahim Kalin, porta-voz da presidência turca, segundo informações da agência Anadolu.
Previamente, contas nas redes sociais ligadas às Unidades de Proteção Popular (YPG) — braço paramilitar da organização curda — compartilharam imagens de projeções do grupo no prédio histórico da Prefeitura de Estocolmo.
Após reunião em Ancara, capital da Turquia, ao descrever a OTAN como aliança de segurança e não órgão de cooperação econômica, Kalin apontou a repórteres que a projeção de imagens da “entidade terrorista” em edifícios da Suécia é um exemplo claro das atividades do PKK e outros grupos nos países escandinavos.
De acordo com Kalin, o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan espera ainda que ambos os governos europeus assumam medidas para impedir em absoluto quaisquer operações para coleta de recursos, recrutamento e propaganda “contra a Turquia”.
“Gostaria de expressar mais outra vez que o processo não avançará até que tais ameaças contra a segurança turca sejam eliminadas em tais países”, acrescentou Kalin.
O porta-voz e vice-chanceler Sedat Onal viajarão a Bruxelas neste domingo (19) para prosseguir com as negociações sobre a entrada de Suécia e Finlândia na aliança militar. Os países nórdicos decidiram romper sua neutralidade histórica e filiar-se à OTAN devido à invasão ordenada pelo Kremlin contra a Ucrânia.
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