Cerca de 6.4 milhões de palestinos estão registrados como refugiados, reafirmou o Escritório Central de Estatísticas da Palestina nesta segunda-feira, 20 de junho — Dia Internacional dos Refugiados.
Cerca de 28.4% dos refugiados palestinos vivem em 58 campos geridos pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). Segundo o relatório, há 19 campos na Cisjordânia ocupada, oito em Gaza, dez na Jordânia, nove na Síria e 12 no Líbano.
Não obstante, o número de refugiados deve ser consideravelmente maior, dado que a pesquisa não inclui palestino deslocados no período entre a Nakba — ou “catástrofe”, como é conhecida a criação do Estado de Israel, mediante limpeza étnica, em 1948 — e a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Em 2021, a população total que detém direitos de cidadania palestina chegou a 14 milhões de pessoas, espalhadas em todo o mundo. Conforme projeções, o índice aumentou em dez vezes desde a Nakba.
A população nas terras ocupadas da Cisjordânia e Jerusalém chegou a 3.2 milhões de pessoas; na Faixa de Gaza sitiada, são 2.1 milhões de residentes palestinos.
Quanto à província de Jerusalém, o número de palestinos foi estimado em 477 mil pessoas — cerca de 65% (308 mil) vivem em Jerusalém Oriental.
Com base em tais estatísticas, a demografia da Palestina histórica permanece sob empate técnico: 49.9% árabes nativos e 50.1% israelenses. Entretanto, as comunidades palestinas apresentam maior tendência de crescimento populacional.
Colonos israelenses — transferidos à região desde 1948 — ocupam 85% da área total da Palestina histórica.
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