O Parlamento de Israel (Knesset) deu início a sua dissolução nesta quarta-feira (22), conforme a implosão do atual governo, culminando no quinto processo eleitoral do estado sionista em três anos e meio. Todavia, pesquisas de opinião indicam um novo impasse político, sem uma vitória clara de qualquer facção ou partido.
As eleições estão previstas para outubro.
Segundo as pesquisas, nem a atual coalizão de governo, nem o líder da oposição e ex-premiê Benjamin Netanyahu serão capazes de conquistar a maioria das vagas no Knesset — isto é, 61 dos 120 assentos.
As previsões foram televisionadas um dia após o atual primeiro-ministro Naftali Bennett e seu chanceler Yair Lapid confirmarem a dissolução da câmara, em decorrência de uma série de renúncias da coalizão.
A rádio estatal Kan estimou que, caso as eleições fossem realizadas hoje, o bloco de Netanyahu venceria 60 vagas no parlamento contra 54 assentos da atual coligação de governo. A emissora de notícias Canal 12 anteviu placar de 59 a 56 congressistas; o Canal 13 calculou 59 a 55.
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Desta maneira, o equilíbrio entre os adversários seria determinado pela Lista Conjunta, bloco árabe-palestino de caráter minoritário, que não apoia nenhuma das partes, conforme análise do jornal Times of Israel.
As pesquisas de terça-feira (21) mantêm o Likud de Netanyahu como maior partido na câmara, conquistando 35 a 36 vagas. O partido de centro-direita Yesh Atid, comandado por Lapid, seria o segundo maior vitorioso, entre 20 e 22 assentos.
As pesquisas do Canal 12 preveem o seguinte resultado: Likud, 35 assentos; Yesh Atid, 20; Azul e Branco, nove; Sionismo Religioso, nove; Shas, oito; Judaísmo Unido do Torá, sete; Trabalhista, seis; Lista Conjunta, cinco; Yisrael Beytenu, cinco; e Nova Esperança, Meretz, Yamina e Ra’am com quatro parlamentares cada.
As pesquisas do Canal 13 anteveem resultados semelhantes, com exceção do Meretz que obteria somente três assentos e ficaria aquém da cláusula de barreira.