Nesta quarta-feira (22), a família do ativista palestino Nizar Banat — assassinado em custódia, no último ano — fez um apelo a doadores estrangeiros para suspendam o envio de recursos a instituições da Autoridade Palestina (AP), segundo comunicado.
Banat foi espancado até a morte pela polícia da Autoridade Palestina. Sob pressão externa, Ramallah indiciou 14 agentes de segurança. Não obstante, todos os suspeitos foram soltos recentemente, apesar de uma decisão do tribunal militar para mantê-los detidos.
Ibrahim al-Barghouthi, diretor do Centro Musawa para Direitos Humanos, confirmou que a Promotoria Militar da Autoridade Palestina justificou a soltura pela suposta propagação de covid-19.
A família responsabilizou o presidente palestino Mahmoud Abbas por eventuais repercussões sobre a segurança dos réus. Em seguida, pediu a doadores que deixem de financiar o aparato repressivo da Autoridade Palestina, ao acusá-la de “torturar, assediar e assassinar” palestinos em nome da ocupação.
A família reiterou seu intento em levar o caso a cortes internacionais, para indiciar a autoridade de Abbas e seu aparato de segurança pela execução sumária do opositor político.
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