Nos últimos dias, rumores da imprensa indicaram a participação de Israel como “observador” no exercício militar “Leão Africano”, conduzido anualmente, cuja abertura foi formalizada na segunda-feira (20) na cidade marroquina de Agadir.
Na terça-feira (21), a rede Euronews declarou que as manobras — que reúnem mais de 7.500 soldados de ao menos dez países — terão participação de “observadores” da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e 15 “estados parceiros” — incluindo, pela primeira vez, o exército israelense.
O Comando dos Estados Unidos na África (Africom) confirmou que o exercício militar passará por quatro países: Marrocos, Gana, Senegal e Tunísia. Forças de Chade, Brasil, Espanha, Itália, França, Holanda e Reino Unido integrarão as manobras, além de Estados Unidos e das nações anfitriãs.
Israel ou Marrocos não comentaram ainda as informações da imprensa.
Contudo, Mohamed Choucair — pesquisador marroquino em história militar — descartou a presença de Tel Aviv no evento, ao afirmar que os canais da Força Aérea do Marrocos ou da Africom não divulgaram referência à participação sionista.
Na Tunísia, os relatos levaram a oposição a reivindicar a retirada do país norte-africano das operações, ao acusar o presidente Kais Saied de buscar “normalizar” laços com a ocupação.
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