Dois colonos israelenses foram detidos e indiciados por vandalizar um café palestino sob motivação racista e ultranacionalista, em maio, na cidade de Huwara, na Cisjordânia ocupada.
Ambos os criminosos — um colono de 29 anos do assentamento ilegal de Elon Moreh e outro de 22 anos da cidade de Jerusalém — permanecem sob prisão preventiva até seu julgamento.
Um vídeo divulgado pela ong israelense B’Tselem mostra os agressores destruindo mesas e portas de vidro com bastões no horário comercial. No registro, os consumidores palestinos fogem para a parte detrás do estabelecimento.
Acompanhados de dois menores israelenses, o grupo de colonos causou um prejuízo de 20 mil shekels (cerca de US$6 mil), ao destruir cafeteiras, móveis e outros utensílios.
יום שישי אחר הצהריים, חבורה של צעירים מבלה בבית קפה. כמה שניות מאוחר יותר, המקום שומם מאדם, שולחנותיו וקירותיו מנותצים. > pic.twitter.com/jg3R1pSoHV
— B'Tselem בצלם بتسيلم (@btselem) May 31, 2022
Segundo o jornal israelense The Jerusalem Post, evidências encontradas em seus telefones confirmaram a identificação dos criminosos, além de declarações racistas.
O ataque contra a loja ocorreu durante a chamada Marcha da Bandeira, no último mês, na qual milhares de colonos extremistas invadiram distritos e localidades árabes e islâmicas, incluindo o complexo de Al-Aqsa — terceiro lugar mais sagrado para o islamismo.
A Marcha da Bandeira é um evento anual da extrema-direita israelense, cujo intuito é celebrar a ocupação de Jerusalém em 1967 e sua subsequente anexação ilegal pelo estado sionista.
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