Nesta quinta-feira (23), um grupo de 24 senadores proferiu um apelo ao Presidente dos Estados Unidos Joe Biden para assegurar o envolvimento direto do estado americano no inquérito sobre o assassinato de Shireen Abu Akleh — cidadã palestino-americana e correspondente da rede de notícias Al Jazeera nos territórios palestinos ocupados.
Abu Akleh foi baleada e morta enquanto cobria uma operação militar de Israel na cidade de Jenin, na Cisjordânia. Evidências apontam que a jornalista — devidamente identificada com colete e capacete de imprensa — foi atingida por um franco-atirador israelense.
As informações são da agência de notícias Reuters.
O grupo — composto por 22 democratas e dois senadores independentes — reivindicou “uma investigação completa e transparente sob os auspícios dos Estados Unidos”.
“Está claro que as partes em campo não confiam uma na outra para realizar uma investigação convincente e independente”, escreveram os legisladores em carta encabeçada por Chris Van Hollen, representante do estado de Maryland. “Desta forma, acreditamos que a única chance de obtermos sucesso é por meio do envolvimento direto dos Estados Unidos”.
Biden visitará o território considerado Israel e a Cisjordânia ocupada em julho próximo. A Casa Branca e a embaixada sionista em Washington, contudo, não comentaram sobre os apelos dos senadores, até então.
No fim de maio, uma investigação da Autoridade Palestina (AP) determinou que Abu Akleh foi baleada deliberadamente por um soldado israelense.
Tel Aviv nega as evidências e insiste prosseguir com investigações próprias. O exército ocupante afirmou previamente que Abu Akleh foi baleada por militantes palestinos, durante uma suposta troca de tiros; em seguida, trocou sua versão para um disparo acidental.