O exército israelense respondeu a um relatório do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos (ACNUDH) que acusou as forças israelenses de matar a jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh.
Um comunicado do exército diz que “após as investigações tendenciosas que foram apresentadas nos últimos dias, a IDF mais uma vez reitera seu apelo aos palestinos para compartilhar o acesso à bala com a qual a jornalista palestina Shireen Abu Akleh foi morta. A Autoridade Palestina coopera com Israel em investigações de tempos em tempos. A recusa dos palestinos em transferir a bala e realizar uma investigação conjunta com a representação americana está revelando seus motivos.”
“Deve-se notar que este foi um evento operacional durante o qual ocorreu uma troca de tiros entre soldados da IDF e homens armados palestinos durante atividades de contraterrorismo em Jenin”, acrescenta o comunicado.
A declaração continua: “Desde o incidente, a IDF vem investigando e revisando as circunstâncias da morte da Sra. Abu Akleh. A investigação da IDF conclui claramente que a Sra. Abu Akleh não foi baleada intencionalmente por um soldado da IDF e que não é possível determinar se ela foi morta por um palestino atirando indiscriminadamente em sua área ou inadvertidamente por um soldado IDF.”
A declaração conclui: “A IDF lamenta os danos aos não-combatentes, inclusive durante as trocas de tiros e situações de combate ativo, e está fortemente investida na manutenção do movimento e da liberdade de imprensa”.
Na sexta-feira, o ACNUDH da ONU concluiu que Abu Akleh foi morta em 11 de maio pelas forças israelenses.
A porta-voz da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, disse em uma entrevista coletiva em Genebra que os disparam contra Abu Akleh e seu colega Ali Sammoudi “vieram das Forças de Segurança de Israel e não de disparos indiscriminados por palestinos armados, como inicialmente alegado pelas autoridades israelenses.”