O Primeiro-Ministro da Índia Narendra Modi chegou a Abu Dhabi nesta terça-feira (28), onde foi recebido de maneira festiva pelo presidente emiradense Mohamed bin Zayed.
Modi estendeu suas condolências pela morte de Khalifa bin Zayed, meio-irmão e predecessor do governante emiradense em 13 de maio, aos 73 anos. O premiê congratulou Mohamed por sua nomeação à presidência, deferida pelo Supremo Tribunal Federal.
UAE President Sheikh Mohammed bin Zayed Al Nahyan warmly receives PM Narendra Modi in Abu Dhabi, UAE pic.twitter.com/iXqGpk4M0d
— ANI (@ANI) June 28, 2022
Bin Zayed enalteceu a comunidade indiana por sua contribuição ao desenvolvimento dos Emirados desde a fundação do país.
Segundo a agência estatal WAM, ambos os estadistas manifestaram apoio à ampliação do comércio e da cooperação estratégica entre as partes.
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“Estou emocionado pelo gesto especial de meu irmão, Sua Majestade, o sheikh Mohamed bin Zayed al-Nahyan, que veio me receber no aeroporto de Abu Dhabi. Minha gratidão”, escreveu Modi em sua página do Twitter.
تأثرت بلفتة خاصة من أخي صاحب السمو الشيخ محمد بن زايد آل نهيان بقدومه للترحيب بي في طيران الرئاسة بأبوظبي. امتناني له. @MohamedBinZayed pic.twitter.com/NES1a0eE3S
— Narendra Modi (@narendramodi) June 28, 2022
A visita de um dia do premiê indiano sucede sua viagem à Alemanha, onde participou da cúpula do G7 — grupo de sete países mais industrializados do mundo.
Além disso, a viagem de Modi aos Emirados ocorre semanas após uma disputa diplomática entre Nova Delhi e estados do Golfo, devido a declarações consideradas ofensivas contra o Profeta Mohammed, enunciadas por um porta-voz do partido nacionalista hindu Bharatiya Janata (BJP), liderado por Modi.
O governo indiano é acusado de incitar uma onda de islamofobia no país.
Os comentários do porta-voz Nurpur Sharma, correligionário de Modi, levaram diversos países islâmicos, incluindo Emirados, a condenar publicamente as políticas de Nova Delhi. Irã, Catar e Kuwait convocaram seus embaixadores indianos para formalizar seu repúdio.
Além disso, produtos importados foram removidos das prateleiras no Golfo, em meio a apelos nas redes sociais por uma campanha de boicote contra a Índia.
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