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Igrejas de Jerusalém condenam ‘judaização’ de terras adjacentes a Al-Aqsa

Polícia israelense invade complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, 17 de abril de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

O Alto Comitê Executivo das Igrejas na Palestina denunciou nesta terça-feira (28) a decisão do governo israelense de registrar terras adjacentes à Mesquita de Al-Aqsa a uso exclusivamente judaico, reportou a agência jordaniana Petra.

Segundo a entidade, a medida é parte dos planos coloniais de Tel Aviv para controlar a cidade sagrada, estabelecer supremacia judaica nas terras ocupadas e, por consequência, alterar seu status legal.

“Israel e seus colonos extremistas adotaram táticas criminosas para impor controle sobre distritos da cidade sagrada”, reafirmou o comitê. “Trata-se de uma escalada perigosa que prejudica esforços de paz regionais e internacionais e pode atear fogo a toda a região”.

Judaização de Jerusalém – Cartum [Sabaaneh/ Monitor do Oriente Médio]

Representantes clericais acusaram Israel de empregar “meios ilegais” para controlar áreas vitais na Cidade Velha de Jerusalém; em particular, o portão de al-Khalil, a praça Omar bin al-Khattab e os hotéis Petra e Imperial.

O comitê mencionou também planos e ações israelenses para expulsar residentes palestinos dos bairros de Jabal al-Mukabber, Silwan e Sheikh Jarrah.

“Os palestinos, cristãos e muçulmanos, continuarão a resistir em sua capital Jerusalém e defenderão seu sangue”, insistiram os religiosos. “Defenderão também seu legado e sua história na cidade sagrada”.

O comitê fez então um apelo à comunidade internacional e governos árabes para pressionar as autoridades da ocupação israelense a interromper os crimes contra o povo palestino, sua terra e seus santuários.

Na última semana, o Ministério da Justiça de Israel deu início a uma “tramitação de títulos de terras”, referente às áreas de Abu Thor e dos palácios omíadas, contíguas ao muro meridional da Mesquita de Al-Aqsa. Para expropriar as terras, o regime em Tel Aviv recorreu ao pretexto de “reduzir lacunas socioeconômicas” e “criar um futuro melhor” aos palestinos de Jerusalém.

No entanto, segundo nota conjunta divulgada nesta segunda-feira (27) pelos grupos israelenses de direitos humanos Ir Amim e Bimkom, os recursos foram empregues sobretudo para registrar posses em nome de assentamentos ilegais e, portanto, expulsar os palestinos do perímetro.

LEIA: Hamas pede ação urgente para proteger Al-Aqsa de escavações israelenses

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