A comissão de indultos da penitenciária israelense de Ramla indeferiu ontem (28) um apelo para libertar o prisioneiro palestino Ahmad Manasra, cujas condições de saúde apresentam sinais de grave deterioração.
Khaled Zabarqa, advogado de Manasra, confirmou que a comissão de indultos se recusou sequer debater o recurso para soltura antecipada do jovem prisioneiro. O pedido foi feito devido a problemas de saúde física e mental diagnosticados em Manasra.
Segundo Zabarqa, a comissão insistiu em classificar o caso como “terrorismo”.
Manasra está detido ilegalmente há sete anos, sob circunstâncias hediondas nas cadeias de Israel. Manasra foi capturado quando tinha apenas 13 anos de idade, após ser espancado e atropelado, em 2015 — ocasião na qual sofreu traumatismo craniano.
Seu primo foi baleado e morto.
Apesar dos ferimentos, foi interrogado sem a presença dos pais ou de um advogado.
Na ocasião da prisão, a lei israelense previa que menores de 14 anos não poderiam ser responsabilizados criminalmente.
Não obstante, o judiciário israelense condenou Manasra a 12 anos de prisão — mais tarde, reduzidos a nove anos de prisão — por suposta tentativa de homicídio contra dois colonos radicados ilegalmente em Jerusalém Oriental. Manasra, todavia, não participou do ataque.
Manasra foi diagnosticado com doenças psiquiátricas após meses de interrogatório, tortura e confinamento solitário nos centros de detenção de Israel.
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