Uma aliança de grupos anti-apartheid, encabeçada pela Friends of Al-Aqsa (FOA), submeteu nesta quinta-feira (30) uma petição ao governo britânico para que o primeiro-ministro Boris Johson vete um projeto de lei para criminalizar o movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) e, ao contrário, defenda os direitos universais de expressão no Reino Unido.
Entre as organizações signatárias estão: o Comitê Israel Contra Demolição de Casas – Reino Unido; a ong Stop the War; Fórum Palestino na Grã-Bretanha; o Truste Amos; e associações Liberal Democrats Friends of Palestine e Conservative Friends of Palestine.
“O direito público de boicotar e desinvestir daqueles que violam direitos humanos e ignoram a lei internacional deve ser preservado”, reitera a carta. “Em uma sociedade livre, entes públicos detêm o direito de fazer suas escolhas éticas”.
“Trata-se de uma legislação preocupante”, comentou Shamiul Joarder, diretor de relações públicas da Friends of Al-Aqsa. “Órgãos públicos têm o direito de boicotar e desinvestir de empreendimentos cúmplices do apartheid israelense”.
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“É um primeiro passo para criminalizar o direito individual ao BDS no Reino Unido, como parte de uma repressão abrangente sobre tudo que oponha a política do governo, como vimos pelo projeto de lei sobre ordem pública, que avaliza a polícia a abater manifestantes considerados ruidosos demais”, acrescentou Joarder.
O governo britânico proibiu órgãos públicos de acatar ao movimento de boicote. Ativistas em solidariedade ao povo palestino advertem que a medida do governo conservador de Johnson favorece negócios que lucram dregime de apartheid.