Ongs marroquinas advertiram sobre a “penetração sionista” em institutos e universidades da monarquia norte-africana, ao descrever os avanços como “perigo ao futuro do país”.
O alerta foi deferido pelo Grupo de Trabalho para a Palestina e o Observatório Marroquino contra a Normalização, em carta enviada ao Sindicato Nacional de Ensino Superior. As ongs reiteraram a importância de mobilizar a população contra o “crime” de normalizar relações com a ocupação israelense.
As ongs documentaram “diversos casos de infiltração — velada ou não — dos serviços de inteligência de Israel nos campi”. Dentre os casos, estão “supostas atividades de pesquisa organizadas por agentes e comandantes do exército sionista, sob títulos fraudulentos nas universidades marroquinas”.
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A carta reafirmou o perigo de tais atividades, cujos organizadores permanecem anônimos.
Ahmed Wehman, chefe do Observatório Marroquino contra a Normalização, comentou: “A penetração sionista nas universidades busca alvejar a elite nacional, assim como reforçar o controle sionista sobre o Marrocos e suas capacidades”.
O Marrocos formalizou relações com a ocupação israelense no fim de 2020, em troca do reconhecimento dos Estados Unidos de sua soberania sobre a região disputada do Saara Ocidental.