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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Autoridade Palestina condena perícia dos EUA sobre morte de Abu Akleh

Jornalistas iraquianos exibem fotos de Shireen Abu Akleh, jornalista da Al Jazeera assassinada por Israel, durante protesto em frente ao escritório da rede de mídia em Bagdá, 11 de maio de 2022 [Murtadha al-Sudani/Agência Anadolu]

A Autoridade Palestina (AP) condenou nesta segunda-feira (4) os resultados de um exame forense realizado nos Estados Unidos sobre a morte de Shireen Abu Akleh, jornalista da Al Jazeera baleada a serviço na Cisjordânia ocupada.

Na tarde de ontem, Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado em Washington, afirmou: “Após análise forense detalhada, realizada por peritos independentes, como parte do processo supervisionado pela Coordenadoria de Segurança dos Estados Unidos (USSC), não conseguimos chegar a uma conclusão definitiva sobre a origem do projétil que matou Abu Akleh”.

Price reafirmou ainda: “Não encontramos razão para crer que o incidente foi intencional, senão resultado de circunstâncias trágicas”.

Em resposta, a Autoridade Palestina reiterou que as circunstâncias do crime e exames forenses conduzidos pela Procuradoria-Geral do Estado da Palestina e órgãos independentes concluíram que Abu Akleh foi deliberadamente atacada por forças israelenses, enquanto sua equipe cobria uma invasão militar da ocupação contra o campo de refugiados de Jenin.

Abu Akleh era cidadã palestino-americana e vestia colete e capacete de imprensa. Evidências apontam que foi executada por um franco-atirador israelense.

“Nenhuma ambiguidade ou esforço político pode exonerar seus assassinos, encobrir o crime ou esconder a verdade”, destacou Ramallah. “Este ato de encobrimento resultará apenas na maior institucionalização da impunidade israelense e na negação contínua do povo palestino à justiça, além de ameaçar a segurança e a vida de jornalistas que operam na Palestina”.

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Segundo a denúncia, a “análise” dos Estados Unidos terá um impacto negativo sobre a segurança de profissionais de imprensa em todo o mundo.

O Ministério de Relações Exteriores em Ramallah reiterou que manterá suas buscas por justiça pelo assassinato de Abu Akleh e de todas as outras vítimas das violações israelenses.

“Continuaremos resolutos em nossos esforços internacionais, incluindo junto do Tribunal Penal Internacional (TPI), para responsabilizar aqueles que ordenam e encobrem a onda estabelecida de criminalidade nos territórios ocupados”, declarou a chancelaria em comunicado.

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