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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Associação Médica de Israel auxilia na tortura de palestinos, diz grupo de direitos humanos

Um médico no Hospital Hadassah Ein Kerem em Jerusalém em 15 de agosto de 2021 [Menahem Kahana/AFP via Getty Images]

Os Médicos pelos Direitos Humanos apresentaram uma queixa ao seu sindicato Internacional contra a Associação Médica de Israel, alegando que ela nega e subjuga sistematicamente o direito à saúde e segurança dos palestinos.

As quatro principais questões detalhadas na denúncia incluem o comprometimento da segurança da equipe médica palestina durante as incursões israelenses, bem como o direito dos pacientes palestinos de receber assistência médica.

Também lista o papel dos médicos que auxiliam na tortura de palestinos nas mãos da agência de inteligência israelense Shin Bet.

A ong acrescenta que a Associação Médica de Israel ignorou os testemunhos que recebeu  sobre crianças de Gaza sendo enviadas para fora da Faixa para tratamento sem seus pais.

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A denúncia é composta por evidências credíveis de órgãos locais e internacionais de que a Associação Médica de Israel falhou repetidamente em seu dever de proteger o direito dos palestinos à saúde devido às agressões militares israelenses.

“Com base nos dados de campo que coletamos, concluímos que a Associação Médica de Israel é cúmplice dessas falhas éticas e violações grosseiras dos direitos humanos e até, em alguns casos, fornece apoio aberto a isso”, diz a entidade denunciante.

“Assim, por exemplo, em resposta à informação apresentada à Associação Médica de Israel sobre a polícia israelense invadindo o Hospital Francês em Jerusalém durante o funeral da correspondente da Al-Jazeera Shireen Abu Akleh, o chefe da Associação Médica Israelense, professor Zion Hagai, se recusou a denunciar o incidente, apenas porque aconteceu em um hospital palestino.”

Soldados israelenses atacaram o cortejo fúnebre de Abu Akleh quando este partiu do Hospital Francês no bairro de Sheikh Jarrah.

A organização pelos direitos humanos pediu ao Sindicato Médico Internacional para assumir suas responsabilidades e implementar medidas práticas para garantir que a Associação Médica de Israel respeite os valores e princípios estabelecidos mundialmente.

Jay Shalev, diretor-geral da entidade denunciante disse que “a associação israelense não faz nada sobre os crimes da ocupação e o apartheid que vem acontecendo há décadas.”

No momento da publicação, a Associação Médica de Israel não havia respondido ao pedido de comentário do MEMO.

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