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Conselho de Segurança pede rápida formação de governo no Líbano

Presidente do Líbano Michel Aoun (centro) encontra-se com o premiê Najib Mikati e chefe do legislativo, Nabih Berri, em Beirute, 23 de junho de 2022 [Presidência do Líbano/Agência Anadolu]

O Conselho de Segurança das Nações Unidas fez um apelo nesta quinta-feira (7) para que os políticos libaneses sejam rápidos em compor um novo governo, com intuito de implementar reformas necessárias perante a crise, conforme informações da agência de notícias Anadolu.

Em um comunicado à imprensa, Ronaldo Costa Filho — presidente do conselho — confirmou que os estados-membros observam a conjuntura no Líbano.

Em 23 de junho, Najib Mikati foi designado primeiro-ministro; seis dias depois, apresentou seu gabinete ao Presidente da República Michel Aoun.

“Mais de um mês depois das eleições legislativas no Líbano, os membros do conselho pedem pela formação célere de um governo, para implementar as reformas necessárias”, declarou a nota. “Dada a gravidade das crises no Líbano, é responsabilidade e dever de todos os agentes que colaborem com prioridade no interesse nacional e para superar os desafios enfrentados pelo povo”.

O Conselho de Segurança também encorajou medidas para promover a participação e representação dos jovens e das mulheres no novo governo.

“Os membros enfatizaram a grande importância de respeitar o calendário constitucional para que as eleições presidenciais ocorram a tempo”, prosseguiu o comunicado.

O órgão sediado em Nova York insistiu ainda na urgência de “implementar reformas tangíveis citadas previamente, que permitirão um rápido acordo com o Fundo Monetário Internacional, para responder às demandas da população”.

Os membros do conselho reafirmaram o papel das instituições libanesas, incluindo o legislativo recém-eleito e o novo governo, para abordar a crise sem precedentes, combater a corrupção e instituir uma governança mais responsiva.

O Líbano sofre a pior crise de sua história desde a guerra civil, entre 1975 e 1990, que levou ao colapso fiscal e perdas materiais ao sistema bancário estimadas em US$69 bilhões.

LEIA: Mikati é nomeado premiê do Líbano, pede ação para firmar acordo com FMI

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