Países do Oriente Médio expressaram seu repúdio ao assassinato do ex-Primeiro-Ministro do Japão Shinzo Abe, nesta semana, ao recordar sua contribuição com o fortalecimento de laços entre a nação asiática e estados da região.
Abe foi baleado no pescoço e ombro na manhã de sexta-feira (8), durante um evento de campanha na cidade de Nara, no sul do Japão. Abe foi levado a um hospital, mas faleceu algumas horas depois.
Informações apontam que o assassino, um homem de 41 anos capturado com uma arma artesanal, conduziu o ataque devido às afiliações religiosas do ex-premiê.
Após o incidente, líderes globais e figuras de destaque rechaçaram o crime e prestaram condolências ao Japão e à família de Shinzo Abe.
O Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan afirmou no Twitter: “Sinto enorme tristeza sobre a morte de meu valoroso amigo Shinzo Abe, ex-premiê do Japão, após um hediondo atentado a arma”.
O Ministério de Relações Exteriores do Irã comentou: “Como uma nação vítima de terrorismo e que perdeu grandiosos líderes dessa maneira, acompanhamos as notícias do assassinato do ex-premiê japonês Shinzo Abe com enorme preocupação”.
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Da Arábia Saudita, o Rei Salman e o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman emitiram cada qual suas condolências ao atual premiê japonês Fumio Kishida.
Escreveu o monarca: “Recebemos as notícias da morte do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe e expressamos ao senhor, à família e aos amigos do falecido nossos mais profundos pêsames”.
A chancelaria saudita descreveu o ataque como “ato covarde que contradiz valores humanos e humanitários”, ao reiterar sua solidariedade com o governo e o povo japonês.
Emirados Árabes Unidos, Omã, Kuwait e Bahrein também manifestaram suas condolências.
No decorrer de seu governo, Abe agiu para construir e fortalecer relações entre Japão e Oriente Médio, ao visitar uma série de países da região e ampliar a cooperação em diversos setores.
Sob sua liderança, entre 2012 e 2020, Tóquio ofereceu ajuda a estados do Golfo – como Arábia Saudita – para reduzir sua dependência do petróleo, manteve-se neutro nas tensões entre Irã e Estados Unidos e se apresentou como eventual mediador para o conflito israelo-palestino.
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