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Irã diz que pacto de defesa conjunto EUA-Israel alimentará tensões regionais

Protesto contra os Estados Unidos devido ao 42º aniversário da ocupação do antigo prédio da Embaixada dos EUA em Teerã, Irã, em 04 de novembro de 2021. [Fatemeh Bahrami - Agência Anadolu]

O Irã criticou no sábado (9) um plano dos EUA e Israel de formar uma aliança de segurança com os estados árabes para combater Teerã como “provocativo”, dizendo que isso alimentaria as tensões regionais, informou a Anadolu.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanaani, reagindo aos relatos sobre o plano proposto, disse que o Irã o vê como “uma ameaça à segurança nacional e regional”.

Ele disse que a entrada de estrangeiros na região “não levará à segurança e estabilidade”, mas por sua vez “causará mais tensão e discórdia”.

As declarações vieram após relatos de que os EUA e Israel estão ponderando sobre um pacto de defesa conjunto com estados árabes que conectaria sistemas de defesa aérea para combater os ataques de drones e mísseis do Irã na região, disse a Reuters citando fontes não identificadas nesta sexta-feira.

O plano, enfatizou, envolveria tecnologia israelense e provavelmente ganhará força durante a próxima visita do presidente dos EUA, Joe Biden, à região, incluindo Israel.

A notícia, no entanto, é de que as discussões ainda estão “em estágio inicial” e que vários países árabes “que se recusam a fazer negócios com Israel” resistiram ao plano.

LEIA: Israel elabora aliança regional de defesa aérea contra Teerã, afirma Gantz

Fazendo forte exceção a isso, Kanaani disse que o Irã “sempre enfatizou o diálogo, a participação e a cooperação regional” para garantir “segurança e interesses comuns” dos países regionais, sem presença estrangeira.

Ele disse que o plano EUA-Israel vai “enfraquecer a segurança regional” e “garantir os interesses” do arqui-inimigo do Irã, Israel e que o acúmulo de armas não pode trazer segurança à região. Para ele, o estabelecimento de “segurança regional comum” depende da “cooperação dos países regionais”.

Isso ocorre em meio a crescentes tensões entre o Irã e os EUA, apesar das negociações indiretas entre eles, mediadas pela União Europeia, para reviver o acordo nuclear de 2015, retomado recentemente em Doha.

Na quarta-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou novas sanções contra o Irã, visando uma “rede internacional de indivíduos e entidades” que, segundo ele, facilitou a venda de produtos iranianos à base de petróleo para o leste da Ásia.

As tensões entre o Irã e Israel também aumentaram desde que o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC, na sigla usual em inglês) lançou um ataque com mísseis no que alegou ser uma base israelense na região de Erbil, no Iraque, em maio, que veio em resposta a um ataque israelense na Síria que matou dois membros do IRGC..

Nos últimos meses, houve muitos assassinatos seletivos no Irã, que foram ligados a Israel e apontam para uma crescente guerra sombria entre os dois adversários.

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