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Principal general do Sudão pede diálogo em meio a protestos antimilitares

O chefe do exército do Sudão, Abdel Fattah al-Burhan, visita unidades militares na área de fronteira de seu país com a Etiópia na segunda-feira, na área de Al-Fashqa, Sudão, em 29 de novembro de 2021 [Palácio Presidencial Sudanês/Agência Anadolu]

O chefe do Conselho Soberano do Sudão pediu no sábado aos comitês de resistência o diálogo e o bom senso, à medida que os protestos antimilitares continuam no país do norte da África, relata Anadolu.

Em seu discurso à nação por ocasião do feriado muçulmano de Eid al-Adha, o general Abdel Fattah al-Burhan reiterou seu apelo ao diálogo entre todos os segmentos da sociedade para garantir a estabilidade do país.

Os desafios e perigos que cercam o Sudão e a nação exigem que todos trabalhem juntos para superar essas dificuldades e garantir segurança, paz e estabilidade, disse ele.

Desde o golpe de 2021, os sudaneses realizam protestos antimilitares em massa, liderados por comitês de resistência, que encabeçam a atual onda de manifestações em todo o país.

Mais de 100 pessoas foram mortas em protestos contra o regime militar desde outubro, segundo médicos sudaneses.

O chefe do exército do Sudão também pediu aos poderes políticos que se preparem para as eleições formando seus partidos para preparar o caminho para que o exército assuma plenamente seu papel na segurança e defesa do país.

O Sudão está em turbulência desde outubro passado, quando os militares demitiram o governo de transição do primeiro-ministro Abdalla Hamdok, uma medida condenada pelas forças políticas como um “golpe militar”.

No início desta semana, al-Burhan anunciou que o exército se retirará das negociações políticas em andamento para superar o impasse com a oposição civil e permitir que grupos políticos e revolucionários formem um governo de transição.

LEIA: Governo militar no Sudão pede ‘neutralidade’ da ONU

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