Helena Kennedy, advogada britânica de direitos humanos, alertou em relatório que a Turquia deveria ser indiciada perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) por cumplicidade com o genocídio perpetrado contra o povo iazidi. As informações são do jornal The Guardian.
O documento investigativo compromete também Síria e Iraque por não impedir os assassinatos em massa, cometidos em grande parte pelo grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh).
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Os advogados que coletaram as informações – denominados Comitê de Justiça Iazidi (YCJ) – advertiram que os estados em questão são responsáveis sob a Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
Sir Geoffrey Nice, presidente da comissão britânica, descreveu como “insanidade” o genocídio iazidi. “Mecanismos em vigor podem socorrer os iazidis do que agora é parte de seu passado e parte da destruição parcial de seu passado”, comentou Nice.
Segundo o relatório: “Oficiais turcos sabiam ou ignoraram deliberadamente evidências de que indivíduos usariam treinamento militar para cometer atos restritos contra o povo iazidi”.
Ümit Yalcin, embaixador turco no Reino Unido, negou as acusações. “A Turquia, desde o início do conflito na Síria, exerceu um papel essencial em defender civis e minorias, incluindo iazidis, dos ataques e das violações de grupos terroristas”, alegou o diplomata.