O Bahrein comprará drones e sistemas antidrones de Israel, informou o The Wall Street Journal (WSJ), citando um alto funcionário do Bahrein não identificado.
A notícia não especificou que tipo de drone ou equipamento de defesa estaria no acordo.
O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, revelou na semana passada que Israel assinou acordos de armas no valor de mais de US$ 3 bilhões com países da região desde a assinatura dos Acordos de Abraham em 2020 com países árabes.
Além disso, o WSJ confirmou que o Mossad e o Shin Bet, a agência de inteligência interna de Israel, também começaram a treinar oficiais de inteligência do Bahrein.
A divulgação coincide com o início da visita do presidente dos EUA, Joe Biden, a Israel e Arábia Saudita em uma tentativa de promover uma aliança militar para combater o Irã, conhecida como Defesa Aérea do Oriente Médio (MEAD).
Em resposta à proposta de aliança de segurança com os estados árabes, o Irã condenou no sábado a medida como “provocativa”, dizendo que alimentaria as tensões regionais, informou a Agência de Notícias Anadolu.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanaani, disse que o Irã vê isso como “uma ameaça à segurança nacional e regional”.
Acrescentou que a entrada de estrangeiros na região “não levará à segurança e estabilidade”, mas, por sua vez, “causará mais tensão e discórdia”.
Em 2020, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Sudão e Marrocos assinaram acordos patrocinados pelos EUA para normalizar as relações com Israel, em uma medida denunciada pelos palestinos como uma “traição” à sua causa.
Os acordos atraíram amplas condenações dos palestinos, que dizem que os acordos ignoram seus direitos e não servem à causa palestina.