Estados Unidos e Arábia Saudita consentiram na importância de impedir o Irã de “adquirir armamentos nucleares” durante a viagem do presidente Joe Biden à região, segundo nota conjunta divulgada pela imprensa estatal da monarquia islâmica.
As informações são da agência de notícias Reuters.
Biden reforçou o compromisso de seu país em apoiar a “segurança e defesa da Arábia Saudita e facilitar o acesso do reino às capacidades necessárias para proteger seu povo e seu território de ameaças externas”.
Irã e Arábia Saudita – principais potências xiita e sunita no Oriente Médio, respectivamente – romperam relações em 2016, devido a conflitos por procuração em toda a região, do Iêmen à Síria e mesmo no Norte da África.
Arábia Saudita e Estados Unidos destacaram a necessidade de dissuadir a república islâmica de “sua interferência em assuntos domésticos de outros países, seu apoio ao terrorismo por meio de grupos aliados e seus esforços para desestabilizar a região”, segundo o comunicado.
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Ambos os lados reiteraram a importância de preservar o livre comércio internacional via rotas marítimas estratégicas, como Bab al-Mandab e o Estreito de Hormuz.
Em 2015, Teerã assinou um acordo com seis potências globais para restringir seu programa nuclear em troca da suspensão de sanções econômicas. A república islâmica insiste que seu projeto atômico tem objetivo civil. Em 2018, o então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump revogou unilateralmente o tratado internacional.
Desde então, Teerã reforçou suas atividades nucleares ao enriquecer urânio acima das capacidades previstas pelo acordo.
Em campanha, Biden prometeu reaver o pacto. No entanto, as negociações indiretas em Viena não surtiram resultado algum.