O governo israelense vendeu o porto de Haifa a uma empresa indiana – em parceria com uma empresa local – por 4.1 bilhões de shekels, equivalente a US$1.2 bilhão, segundo informações divulgadas neste domingo (17) pela imprensa internacional.
Na sexta-feira (15), Gautam Adani – presidente do Grupo Adani – tuitou: “Extasiado em vencer o leilão para privatização do porto israelense de Haifa com nosso parceiro Gadot”.
Conforme Adani, a conquista de sua empresa tem “imenso significado histórico e estratégico para ambas as nações. Orgulhoso de que aconteça em Haifa, onde os indianos lideraram, em 1918, uma das maiores investidas de cavalaria da história militar”.
O Grupo Adani terá 70% das ações; a empresa israelense, os outros 30%.
As redes de abastecimento global sofreram redução considerável de suas operações no último ano, devido à falta de pessoal nos portos, sucessivos lockdowns e congestão de vias marítimas em diversas partes do mundo.
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No entanto, segundo estimativas oficiais, cerca de 98% das importações e exportações de Israel ocorrem por mar. Tel Aviv quer aprimorar o setor para manter o crescimento econômico.
Haifa é principal porto de águas profundas do estado sionista e comportou em torno de metade do volume de tráfego com origem e destino do país em 2021.
“A privatização do porto de Haifa aumentará a competitividade do setor portuário e reduzirá o custo de vida”, afirmou o Ministro das Finanças Avigdor Lieberman, a despeito de experiências contrárias em outros países.
O novo grupo terá a concessão do porto até 2054 e pretende expandir as operações tanto em termos de carga quanto turismo.