O Presidente do Egito Abdel Fattah el-Sisi insistiu nesta segunda-feira (18) que a população do Egito desfruta de “liberdade absoluta”, ao ser questionado sobre a pauta de direitos humanos durante coletiva de imprensa junto do Chanceler da Alemanha Olaf Scholz, em Berlim.
“Sou muito perguntado sobre isso, todas as vezes que participo de uma coletiva de imprensa como essa [na Europa]”, afirmou o general. “Dessa vez, vou responder diferente e convidar a todos os interessados a nos visitar no Egito e permitiremos que conversem com todo mundo. Não vou me estender porque vocês vão obviamente dizer que sou parcial”.
Segundo Sisi, caso seja aceito o convite, os jornalistas poderão repassar uma realidade alternativa ao público europeu.
Em todo caso, insistiu o general, que tomou poder via golpe de estado: “Não estou preocupado com direitos humanos porque vão me perguntar sobre isso; me preocupo porque respeito meu povo como vocês respeitam o seu”.
Em 2013, Sisi depôs o primeiro presidente eleito democraticamente do Egito, Mohamed Morsi. Desde então, seu histórico de direitos humanos é denunciado pela imprensa e por associações internacionais.
Após o golpe, centenas de pessoas foram mortas e dezenas de milhares foram aprisionadas como parte da campanha repressiva do regime contra protestos populares por democracia, direitos humanos e melhores condições de vida no país.
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