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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Grupo de extrema direita financia colonos israelenses

Uma organização israelense de extrema direita ligada a grupos terroristas planejou uma invasão a terras palestinas com financiamento de sionistas do Ocidente

Esta semana vivenciou um pico das invasões e agressões de colonos israelenses na Cisjordânia ocupada, cujo intuito é anexar mais e mais terras palestinas e instalar novos postos avançados, ilegais sob a lei internacional e mesmo sob a legislação sionista.

Sob uma campanha promovida pelo movimento de extrema-direita Nachala, chefiado pela ativista colonial Daniella Weiss, seus correligionários adotaram a missão de difundir postos avançados exclusivamente judaicos por toda a Cisjordânia.

Nesta quinta-feira (21), colonos ligados ao Nachala tentaram instalar ao menos três novos postos ilegais.

Segundo a rede de imprensa Mondoweiss, os colonos operam sob a estratégica de entrar em massa em diversos locais atribuídos a eles pela liderança do Nachala, onde instalam tendas e caravanas antes de declarar as terras ocupadas como um novo assentamento.

Conforme relatos, o movimento extremista planeja sua onda de operações há meses, ao mobilizar e financiar colonos no território considerado Israel – ocupado durante a Nakba, mediante limpeza étnica, em 1948.

LEIA: Setenta e quatro anos: a Nakba continua e a Palestina resiste

O Nachala também angariou apoio de políticos do estado sionista.

Segundo o jornal Times of Israel, o movimento instalou ao menos 28 agrupamentos coloniais ao instalar supostos colégios e escolas de caráter religioso nas terras ocupadas. A ofensiva colonial deve proceder nas próximas semanas.

Embora os postos avançados sejam similares aos assentamentos no que se refere à lei internacional, tais agrupamentos carecem de subsídios e aprovação formal de Tel Aviv.

Segundo a ong Peace Now, há hoje 150 postos avançados na Cisjordânia ocupada contra 132 assentamentos deferidos pelo regime sionista. Agrupamentos coloniais, portanto, superam o avanço formal e servem de pretexto para encobrir a anexação de terras por Israel.

Nesta semana, o Ministro da Defesa de Israel Benny Gantz divulgou uma nota de repúdio contra a iniciativa do movimento Nachala, ao alegar que tropas militares e policiais estão instruídas a impedir tais operações, incluindo a instalação de postos ilegais.

Em comunicado, não obstante, o exército israelense confirmou “preparar estradas, postos de controle e posições estratégicas na Judeia e Samaria [Cisjordânia] para manter a segurança, a lei e a ordem”.

A despeito dos alertas e notas de repúdio, vídeos que circularam nas redes sociais mostram soldados reprimindo manifestantes palestinos que buscam contrapor o avanço dos colonos ilegais e seus postos avançados.

A União Europeia também denunciou o movimento Nachala, ao declarar “apreensão” sobre as repercussões de sua ofensiva. O bloco reconheceu que os “postos avançados costumam servir para expandir os assentamentos israelenses e representam uma fonte direta para aumento na violência colonial contra os palestinos”.

A violência, no entanto, antecede as operações do movimento.

Em junho, membros do Nachala realizaram atividades de reconhecimento e planejamento no distrito de Salfit, na Cisjordânia ocupada. Na ocasião, colonos assassinaram a facadas Ali Harb, cidadão palestino de 27 anos.

Mais recentemente, na noite de terça-feira (19), colonos executaram um ataque de larga escala contra a aldeia palestina de Burin, no distrito de Nablus, ao vandalizar casas e incendiar terras e plantações pertencentes aos palestinos locais.

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