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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Bahrein demite chefe de cultura por ‘esnobar’ enviado israelense

Mai Bint Mohammed al-Khalifa, membro da família real e Presidente da Autoridade de Cultura e Antiguidade do Bahrein [Wikipedia]
Mai Bint Mohammed al-Khalifa, membro da família real e Presidente da Autoridade de Cultura e Antiguidade do Bahrein [Wikipedia]

Mai Bint Mohammed al-Khalifa, membro da família real e Presidente da Autoridade de Cultura e Antiguidade do Bahrein, foi exonerada de seu cargo por recusar um aperto de mãos de Eitan Na’eh, embaixador israelense no território barenita.

Segundo relatos publicados na sexta-feira (22) pela rede de notícias Rai al-Youm, a ordem veio diretamente do Rei Hamad bin Isa al-Khalifa.

Mai recusou-se a cumprimentar Na’eh durante um evento memorial para o pai de Steven C. Bondy, embaixador dos Estados Unidos em Manama, realizado em junho.

Rumores apontam que Mai deixou a cerimônia ao saber da presença de Na’eh e solicitou à embaixada americana que não publicasse suas fotografias.

Fontes barenitas revelaram que o monarca sequer esperou o retorno de Mai de sua viagem oficial à Albânia para demití-la. Seu cargo foi rapidamente atribuído a Khalifa bin Ahmed bin Abdullah al-Khalifa.

“O estado deseja enfatizar que a ex-Presidente da Autoridade de Cultura e Antiguidade do Bahrein, Mai Bint Mohammed al-Khalifa, serviu ao governo por mais de duas décadas com distinção”, declarou o porta-voz do regime em comunicado.

“Mudanças de larga escala anunciadas nesta semana para uma série de órgãos públicos sucedem a maior remodelação do gabinete na história de nosso reino”, reiterou a nota. “Atualizações em cargos de liderança não devem ser mal interpretadas”.

Não obstante, Hazem Qasem – porta-voz do movimento Hamas, sediado em Gaza – celebrou a recusa de Mai de cumprimentar o embaixador israelense como “verdadeiro reflexo da posição genuína do povo barenita em apoio a seus irmãos palestinos”.

Segundo a rede Al-Mayadeen, a ex-chefe de cultura da monarquia também se opôs a planos de “judaização” da Cidade Velha da capital Manama, com intuito de estabelecer negócios sionistas em bairros históricos e materializar em campo a normalização com Tel Aviv.

Mai serviu previamente como Ministra das Informações e Ministra da Cultura – a primeira mulher nomeada a um cargo público na monarquia do Golfo.

Em 30 de novembro, Mai recebeu o historiador israelense Ilan Pappé no Centro Sheikh Ibrahim. Pappé é um escritor radicado no Reino Unido, conhecido por denunciar a ocupação e a limpeza étnica em curso na Palestina histórica.

LEIA: Por que boicotar a mostra israelense de cinema

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