O Conselho Islâmico da Síria advertiu que o movimento palestino Hamas insiste em restaurar suas relações com o regime de Bashar al-Assad.
Em vídeo compartilhado no YouTube, a entidade – que representa membros da Irmandade Muçulmana no país tomado pela guerra – acusou o Hamas de ignorar apelos de estudiosos muçulmanos para interromper seu contato com a ditadura em Damasco.
O sheikh Moutee’ Al-Buteen – porta-voz do conselho – insistiu que o Hamas permanece ao lado do eixo sectário iraniano, ao descrever a república xiita como “inimigo da Ummah [comunidade islâmica global], que explora a causa palestina e derrama sangue na Síria, Iraque e Iêmen”.
Al-Buteen alertou que o Hamas perderá apoio popular caso restabeleça laços com Assad.
Al-Buteen também acusou o movimento radicado em Gaza de priorizar interesses próprios em detrimento da comunidade islâmica e de nações aliadas.
Até então, o regime sírio não respondeu publicamente às intenções do Hamas de normalizar relações. Contudo, fontes libanesas reportaram que o governo em Damasco não está pronto para reunir-se com o Hamas, após críticas e declarações de apoio à revolução síria.
Correligionários de Assad descreveram a posição do Hamas no decorrer da guerra como “facada nas costas”.
A Síria é assolada por violência e caos desde 2011, quando Assad reprimiu violentamente protestos populares por democracia.
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