O Primeiro-Ministro de Israel Yair Lapid negou um pedido do Rei da Jordânia Abdullah II para que as autoridades da ocupação permitam a tutela hachemita que envie cópias do Alcorão à Mesquita de Al-Aqsa, na cidade ocupada de Jerusalém.
Segundo a rádio militar israelense (Kan), o apelo foi feito durante encontro de ambos os líderes na capital jordaniana Amã, nesta quarta-feira (27). A monarquia pediu ao predecessor de Lapid, Naftali Bennett, para deferir a medida; contudo, sem aval.
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No encontro, estiveram diversos oficiais de ambos os países, incluindo o presidente israelense Isaac Herzog.
O acordo de Wadi Araba – que normalizou relações entre Amã e Tel Aviv – reconhece a Jordânia como guardiã dos locais cristãos e muçulmanos de Jerusalém Oriental.
Bennett – ativista colonial de ultradireita – opôs-se veementemente aos apelos de Abdullah. Lapid – considerado centrista – negou novidades. Contudo, conforme os relatos, serviços de segurança da ocupação em Jerusalém “apoiaram ou não se opuseram” à solicitação.
A rádio israelense reiterou que Lapid não quer permitir movimentações do tipo durante o período de campanha, de modo que a transferência pode decorrer em efeitos “políticos e diplomáticos” sobre as eleições de novembro no estado sionista.