Uma fonte anônima de uma empresa de exportação de grãos radicada na Turquia – Loyal Agro Co. Ltd – negou nesta sexta-feira (29) rumores de que uma carga de farinha e cevada ancorada no Líbano tem origem espúria da Ucrânia assolada pela guerra.
Segundo a fonte, trata-se de produtos da Rússia.
A empresa supostamente tentou importar cinco mil toneladas de farinha ao Líbano para vender a compradores privados – isto é, sem qualquer relação com o governo libanês. Autoridades em Beirute não comentaram o caso até então.
Na quinta-feira (28), a embaixada ucraniana no Líbano afirmou à Reuters que um navio sírio sob sanções de Washington aportou em Trípoli, no norte do país levantino, com cinco mil toneladas de cevada e outras cinco mil toneladas de farinha a bordo. A embaixada reafirmou suspeitas de que os produtos fossem originários da Ucrânia.
LEIA: Exportações de grãos da Ucrânia podem começar dentro de uma semana, diz Turquia
A missão russa em Beirute alegou desconhecimento sob a embarcação síria ou “a carga levada ao Líbano por uma empresa privada”. Previamente, Moscou negou acusações de expropriação de grãos e outros produtos ucranianos.
Segundo a fonte, os grãos permanecem a bordo, dado que as autoridades aduaneiras do Líbano não deferiram ainda uma licença de importação, devido a acusações e averiguações frequentes desde a invasão do Kremlin ao país vizinho, em fevereiro deste ano.
O oficial, no entanto, insistiu que sua empresa entregou a Beirute toda a documentação necessária para comprovar a legitimidade e origem da carga. Os documentos não foram repassados à Reuters.
Ainda ontem, um agente portuário confirmou a jornalistas que a carga permanece a bordo sob suspeitas de expropriação de bens. Seus superiores, entretanto, mantiveram silêncio até então.