O Secretário de Estados dos Estados Unidos Antony Blinken pediu ao Ministro da Defesa de Israel Benny Gantz para acelerar as investigações sobre o assassinato de Shireen Abu Akleh, repórter americano-palestina da rede Al Jazeera, baleada e morta em maio deste ano.
Blinken reforçou apelos para que os resultados venham a público.
Barak Ravid – correspondente de diplomacia da rede israelense Walla News – citou duas fontes ao destacar que a Casa Branca está sob pressão de congressistas e senadores democratas, para agir com mais veemência sobre as circunstâncias da execução de Abu Akleh.
Segundo as fontes, Blinken conversou com Gantz por telefone no sábado (30) e pediu um prazo para conclusão da “investigação operacional”, conduzida pelo exército da ocupação.
Blinken instou Gantz a acelerar os processos e destacou a necessidade de encaminhar os resultados tanto a Washington quanto à família de Abu Akleh.
LEIA: Shireen Abu Akleh é assassinada pela segunda vez
Gantz prometeu ao chefe da diplomacia americana que os resultados serão publicados “dentro de semanas”; contudo, insistiu na tese corroborada por um “inquérito preliminar” da ocupação de que “não é possível” determinar quem atirou na correspondente da Al Jazeera.
Segundo as fontes, Blinken encontrou-se com a família de Abu Akleh dois dias antes do telefonema. Parentes reivindicaram mais informações sobre o assassinato.
Wendy Sherman, segunda pessoa em comando na Secretaria de Estado, reuniu-se no último fim de semana com o Ministro de Segurança Pública de Israel Omer Bar-Lev, durante visita a Washington. Sherman lhe questionam “a razão por trás da demora em concluir o inquérito e publicar seus resultados”
A princípio, Israel culpou supostos atiradores palestinos pelo disparo que matou Abu Akleh. A jornalista cobria uma incursão do exército sionista na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, quando foi baleada debaixo da orelha. Abu Akleh vestia colete e capacete de imprensa.
Investigações independentes – sobretudo da ong B’Tselem e da rede de notícias CNN – concluíram que a bala que matou Abu Akleh veio da direção em que franco-atiradores israelenses estavam posicionados.