Prisioneiro palestino enfrenta risco de morte após 144 dias de greve de fome

O prisioneiro palestino Khalil Awawdeh, de 40 anos de idade, nascido na aldeia de Idna, a oeste de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, mantém greve de fome há 144 dias, em protesto a sua detenção administrativa nas cadeias de Israel – isto é, sem julgamento ou acusação.

O Clube dos Prisioneiros Palestinos – ong que monitora os direitos humanos de presos políticos – confirmou que Awawdeh sofre risco de morte na clínica da penitenciária de Ramleh, devido a negligência médica e degradação de suas condições de saúde.

Segundo os relatos, Awawdeh enfrenta dores de cabeça e nas juntas, além de tontura e visão embaçada. O prisioneiro tampouco consegue caminhar e passou a usar uma cadeira de rodas.

A autoridade carcerária da ocupação transferiu Awawdeh a uma série de hospitais civis, para alegar exames médicos. O paciente, contudo, regressou todas as vezes à prisão, sem receber qualquer tratamento, sob pretexto de que seu estado não sugere perigo.

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Awawdeh suspendeu sua greve de fome por uma semana, após 111 dias, sob promessas de libertação. No entanto, retomou o protesto em 2 de julho, após Tel Aviv sentenciá-lo a mais quatro meses de detenção administrativa.

O prisioneiro boicota as cortes militares da ocupação há 214 dias.

Autoridades coloniais insistem que palestinos sob detenção administrativa possuem processos sob segredo de justiça e pretexto de segurança, de modo que o próprio réu não tem ciência de sua infração ou da pena à qual é submetido.

O mecanismo de detenção administrativa é uma herança do Mandato Britânico, sob o qual cidadãos palestinos são encarcerados sem julgamento ou acusação, sem qualquer acesso a evidências materiais ou defesa adequada. Trata-se de violação flagrante da lei humanitária internacional. Ativistas alertam que a nação sionista é o único regime do mundo a recorrer ainda à prática arbitrária.

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