Abdulaziz bin Mohamed al-Wasel – enviado da Arábia Saudita nas Nações Unidas – advertiu contra repercussões das “práticas atômicas do Irã” e da não-adesão do estado israelense ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares.
“O perigo da propagação das armas nucleares ameaça o Oriente Médio e todo mundo”, declarou al-Wasel. “É preciso confrontar a proliferação atômica na região”.
O embaixador insistiu que a não-adesão de Tel Aviv ao tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) “reforça os riscos de proliferação nuclear”. Neste mesmo sentido, o enviado apontou para práticas iranianas, ao alegar “responsabilidade coletiva”.
“A falta de transparência para com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) viola a Carta das Nações Unidas”, reafirmou al-Wasel. “É preciso transparência para preservar o uso pacífico da energia nuclear”.
LEIA: Irã prepara centenas de centrífugas em resposta a sanções, afirma ministro
O diplomata saudita reiterou apoio à ampliação do tratado das Nações Unidas.
Em junho, Kamal Kharazi – chefe do Conselho Estratégico de Política Externa do Irã – confirmou que seu país tem capacidade técnica de fabricar uma bomba nuclear, mas destacou que não há qualquer decisão para tanto, até então.
Segundo Washington, a república islâmica terá a capacidade necessária em questão de meses. O governo do presidente Joe Biden prometeu não permitir a aquisição de armamento nuclear por parte de Teerã em nenhuma hipótese.
Israel – principal aliado americano no Oriente Médio – ameaçou atacar instalações nucleares do Irã do futuro próximo. Países do Golfo alertam para as consequências de tais medidas.
Mohammed bin Salman – príncipe herdeiro e governante de facto da Arábia Saudita – afirmou: “Se Teerã desenvolver uma bomba nuclear, Riad fará o mesmo assim que possível”.